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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Consciência

Wikipédia:
Qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência, sentiência[1], sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.
Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência (Block 2004). Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras".
Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.

(sobre dedução e indução pode ser interessante ler o artigo “O raciocínio humano” – clique aqui).


Autoconsciência e autoconhecimento


A par das complexas definições científicas a respeito da consciência, parece-nos importante dizer que um de seus componentes, a autoconsciência é a consciência de que se tem consciência de algo.

Autoconsciência, por Babi Mounton
autoconsciência por babi mouton



Saber que se sabe sem reflexão a respeito, é a definição mais simples de autoconsciência.




Insônia, por Sound of mu Hands
autoconhecimento - insônia por Sound of my Hands


Autoconsciência e autoconhecimento não se confundem, considerando que o último é o que propicia um meio de fazer do ser mestre de si mesmo, seja pela meditação, seja pela psicoterapia (ou psicanálise).





Consciência – propriedade da alma


Alma, por Mayo19
alma - por Mayo19

A consciência é uma via dupla, pois que se de um lado pressupõe o conhecimento do próprio corpo, dos sentimentos e das noções éticas (que são obrigatoriamente individualizadas), de outro implica nas relações do indivíduo com a realidade que o cerca.

Por estas e outras se definiu que a consciência é um atributo da psique (da alma) e não apenas do corpo físico, atributo este que propicia a interação entre um e outro.

Embora minimamente presente em todas as funções não “automatizadas”[2] do corpo humano a consciência pode ser evidenciada pela atenção dirigida, vez que altamente influenciada pela capacidade de concentração do indivíduo.

Sendo assim, é comum que apenas o órgão doente pareça existir quando demasiadamente atacado pela dor por exemplo.

Este evidenciamento intencional da consciência em partes do corpo escolhidas, muito influenciou o entendimento dos estudiosos místicos no passado distante, que compreenderam que diante da possibilidade de direcionar a consciência para esta ou aquela parte do corpo, igualmente seria possível fazê-lo para fora dele, daí surgindo explicações razoavelmente lógicas para os fenômenos conhecidos por desdobramento, ou por viagem astral, ou, mais recentemente, por projeção de consciência, sobre os quais falaremos em futuro artigo.
projeção de consciência, por Maria Eugênia M. Guimarães
projeção de consciência por Maria Eugênia M. Guimarães

A consciência e os sentidos



Mis sentidos, por Proyecto Eden
5 sentidos - mis sentidos por Proyecto Eden
A consciência é o que nos permite ter noção do tempo e do espaço e de tudo o que nos cerca, tendo íntima relação com nossas reações perante o Universo.

Entretanto, nossa compreensão a respeito do Universo passa obrigatoriamente pelo filtro dos sentidos físicos, cujas impressões atingem diretamente nossa consciência.

E o mais importante é que todas as impressões provenientes dos sentidos são interpretativas.

O fato é que a diferenciação entre os sentidos é tão somente a capacidade de captação de vibrações e nada mais.

Olfato e paladar, não há como negar, são formas especializadas de tato. Todos os três necessitam do contato físico, ou razoável proximidade física no mais das vezes para que conveniente captem e transmitam informações. Ínfimas frações de materiais precisam atingir as células olfativas para que estas funcionem.




As vibrações captadas por estes três sentidos, portanto, são mais densas que as demais.

No que tange à audição e visão, a segunda lida com vibrações mais sutis, vez que alusivas à luz.

Mesmo quando avaliamos o tato, o olfato e o paladar podemos constatar diferenças razoáveis, embora dificilmente cifráveis em palavras, em termos de grau de sutileza. Parece-nos que a escala de rudeza inicia no tato, passa pelo paladar, chegando ao olfato.

E o interessante é que aparentemente quanto mais elevada a vibração, mais dependemos do sentido que a capta, o que os maçons logo no início de sua trajetória logo aprendem.

O grande problema é que infinitas condições, desde a operância imperfeita dos sentidos, até o cristalino fato de não termos contato com o objeto em si, mas com suas vibrações[3], podem e na verdade desfocam nossas impressões.

Não bastassem estas deficiências, ainda existem aquelas relacionadas ao julgamento.

Diversos fatores podem colaborar (e na verdade colaboram a todo instante) para que nosso julgamento a respeito das impressões capadas pelos sentidos sejam desfocadas, desde sentimentos, até condições físicas inadequadas, passando pela falta de familiaridade um ou outro assunto e por muitos outros senões.

O fato é que, diferentemente da alma e do corpo, nossa consciência é imperfeita!

Consciência e evolução



E neste sentido, o da imperfeição, ainda muito mais se pode falar.

Evolução, por Marcos Mark
A evolução - por Marcos Mark
É comum utilizarmos a palavra consciência não somente para referir conhecimento, mas praticamente como sinônimo de moral ou boa fé. (“Fulano é um homem sem consciência”; “Quando você vai deitar, sua consciência o deixa dormir?”)

Veja-se que neste ponto a palavra tem relação com a opção entre o correto e o incorreto, o senso comum de moral.

A moral, como lemos em alguns artigos postados em grupos maçônicos, surgiu na história humana por inspiração divina (é o hebreu recebendo os mandamentos do céu).

O grego pensou a moral, daí surgindo a ética (que é pessoal e intransferível em sua integralidade).

O romano escreveu a moral e parte da ética, nascendo o Direito.

E, veja-se o absurdo, o Homem de nossos tempos pode agir integralmente dentro das normas do Direito e simultaneamente vilipendiar sua ética. Não bastasse isto, pode respeitar o direito e a sua ética, mas agir de forma absolutamente imoral.

Apenas com a evolução da consciência um dia poderá ser possível respeitar o Direito, a ética e a moral.

É isto que prega a Maçonaria!


[1] O termo sentiência foi manifestado pelo filósofo basco José Francisco Xavier Zubiri Apalategui, (1898 a 1983), através da publicação da Inteligencia Sentiente, que foi seu principal trabalho sistemático e em três volumes: Inteligencia y realidad, Inteligencia y logos e Inteligencia y razón; no qual traduz o que pensa sobre o inteligir, conhecer e saber.
Zubiri baseia-se toda a história da filosofia e da ciência para criar uma nova visão filosófica que incorpora elementos fundamentais e insights de praticamente todos os grandes pensadores, mas que também mostra como cada um de seus sistemas se havia modificado.
Considera que a inteligência humana é mera atualização do real na inteligência senciente – do latim: sentiente -, isto é, que sente que tem sensações, sensível. Ele contesta a oposição entre o inteligir e o sentir que, consequentemente, levava à divisão entre o homem e a realidade.
Zubiri entende que inteligir “é apreender o real como real” e que não se contrapõe ao sentir humano. Pelo contrário, é um ato único de apreensão senciente do real.
Já o sentir é para Zubiri um processo sentiente e não, tão somente, uma atividade fisiológica. Na verdade constitui, de certo modo, a vida inteira estritamente unitária, desencadeado por três momentos:
“suscitación” – é tudo que desencadeia uma ação;
“modificación tónica” – é o estado tônico que precede cronologicamente a ação;
“resposta”– que pode ser variada.
Para ele, a inteligência possui um caráter sentiente. Diz: “Não significa que a inteligência está indissolúvel, permanente e estruturalmente entrelaçada com o sentimento”. Zubiri assumiu a sensibilidade como acesso à verdadeira realidade. E mais do que isso: “os sentidos nos fornecem os distintos e complexos modos de inteligir”

[2] Sistema Nervoso – É o sistema sensorial que monitora e coordena a atividade dos músculos e a movimentação dos órgãos, constrói e finaliza estímulos dos sentidos e inicia ações de um ser humano ou animal.
Sistema Nervoso Autônomo – parte do sistema nervoso que controla as funções involuntárias do corpo humano, tais como respiração, circulação sanguínea, controle de temperatura e digestão.

[3] No caso da visão, por exemplo, não “vemos” o objeto, mas percebemos a luz que nele é refletida até nossos olhos.

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